Walt Staton, da organização No More Deaths (Sem mais mortes), foi condenado por poluir a reserva nacional de Buenos Aires, perto de Tucson, no sudoeste do país. Sua pena será de 1 ano em liberdade condicional, durante a qual terá de realizar 300 horas de serviço comunitário recolhendo lixo.
A princípio, os procuradores federais haviam pedido que o ativista recebesse uma multa de US$ 5 mil e permanecesse 5 anos em liberdade condicional.
"A conclusão óbvia é que o réu e o grupo No More Deaths querem ajudar imigrantes ilegais em sua tentativa de entrada", disseram. "Suas ações não foram uma questão de esforço humanitário, mas de protestar contra as políticas migratórias dos Estados Unidos."
Os acusadores alegam que ele “acidentalmente deixou água para imigrantes ilegais, narcotraficantes e criminosos perigosos”.
O advogado de defesa, Bill Walker, garantiu que o ativista não teria de pagar a multa de US$ 5 mil e, tampouco, cumprir os 5 anos: “Estamos apelando porque não achamos que Walt cometeu nenhum crime ao deixar garrafas de água fresca e limpa para salvar vidas humanas na reserva”.
O gerente da reserva Buenos Aires, Mike Hawkes, disse esperar que a sentença leve a No More Deaths a buscar uma maneira de realizar seu trabalho humanitário sem prejudicar o meio-ambiente.
Porém, a própria No More Deaths garante que as garrafas deixadas são sempre recolhidas, não apresentando qualquer risco ao meio ambiente.
Após receber a sentença, Staton foi aplaudido pelos demais membros da No More Deaths, que seguravam cartazes com o seguinte escrito: “Água é vida, não lixo!”.
Staton, mostrando-se nada arrependido afirmou: “Sou orgulhoso do trabalho que a No More Deaths está fazendo e que eu fiz. Com prazer vou lá recolher o lixo”.
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